Não tinha aspirações políticas, nem mesmo gostava do tema, mas aprendeu, dizia ele, “com o tempo, que quem não gosta de política é governado por quem gosta”. Ele conta: “Estava na sala da Proteção Animal, uma sexta-feira, passando um relatório e pensei: ‘eu só me arrependo do que faço, home do céu, vou tentar ser vereador’. Era 5h30 da tarde, fui na Prefeitura, falei com a assessora do prefeito, pedi minha exoneração no tempo hábil, seis meses antes das eleições, e aqui estou”.
Em sua primeira candidatura foi eleito, sendo o quinto mais votado para vereador nas Eleições de 2016, quando recebeu 1.763 pelo PSDB. Pelo mesmo partido tentou uma vaga à Assembleia Legislativa de Santa Catarina nas Eleições 2018, angariou 5.841 votos, mas não logrou êxito. O triunfo foi obtido na tentativa de reeleição à Câmara de Lages, tendo conquistado 1.951 votos pelo Partido Social Liberal (PSL) em 2020. Após a dissolução do PSL migrou para o Podemos, partido do qual ocupava o cargo de presidente do diretório municipal.
Lutas e conquistas
Bruno foi um apaixonado defensor da causa animal, sua principal bandeira política e da qual conseguiu viabilizar o Castramóvel e recursos para a castração de animais abandonados ou de família de baixa renda, além de diversas campanhas que arrecadaram ração, agasalhos e casinhas públicas para “os amiguinhos de quatro patas”, como citava.
Ganhou reconhecimento na luta pela inclusão social, principalmente pelos direitos das pessoas com deficiência, sendo proponente de iniciativas que deram visibilidade e trouxeram recursos financeiros a causa dos autistas, dos surdos e da Apae, dentre eles, para a efetivação do Parque Multisensorial, que será inaugurado em breve. “Esta causa nem fui eu que abracei, ela que me abraçou. Me apaixonei e, independente da política, sempre estarei lutando por ela”, assegura. Também obteve emendas parlamentares para o Hospital Infantil Seara do Bem e o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres.
Ainda foi autor da lei que proíbe o uso de fogos de artifício com estampido no município. “O meu papel eu fiz, de criar e aprovar a lei, que virou referência nacional e fez de Lages a primeira cidade no estado com coragem de aprovar esta iniciativa. Infelizmente, a fiscalização não é intensa, até porque é difícil o flagrante, mas graças a Deus, a conscientização aumentou, as pessoas estão soltando menos fogos que antes”, defende ele, que argumentava que o estampido não é prejudicial somente à audição dos animais, mas também de pessoas acamadas, idosos e crianças autistas, que podem sofrer de crises ou mesmo um ataque do coração, além de riscos físicos como a dilaceração de membros, perda de visão, de audição, etc.
Confira a extensa produção legislativa de Bruno em quase sete anos como vereador da Câmara de Lages.
Relembre dois momentos de bate-papo com Bruno Hartmann presentes no canal da TV Câmara Lages no YouTube: