Além de Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger também foi um autor de best-sellers; veja 10 livros escritos por ele

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Dentre os destaques estão a série de livros "Jesus de Nazaré" e "Introdução ao Cristianismo". 

31/12/2022 — 11h12

Foto: Vatican News / Divulgação

Papa Bento XVI, conhecido antes de sua eleição ao Papado em 2005 como Joseph Aloisius Ratzinger, morto neste sábado (31) aos 95 anos, foi muito além de Papa, ele também foi um grande escritor de best-sellers e também de clássicos acadêmicos. 

Dentre as suas obras estão o livro "Jesus de Nazaré" e clássicos acadêmicos como "Introdução ao Cristianismo", publicado em 1968. 

Veja abaixo algumas das obras escritas por Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI): 

  • "Introdução ao Cristianismo" (1968)

Trata-se de uma síntese do Credo. A partir de uma densa compreensão da fé, o leitor percorre artigo por artigo do Credo, adentrando-se, nas verdades do Símbolo Apostólico. A fé é um dom, mas é feita a um ser racional que pede um mínimo de inteligência de quem crê. Este texto abre caminho para a caminhada em meio às difíceis veredas da modernidade iluminista. 

  • "Fé e Futuro" (1971)

No processo cada vez mais rápido da evolução histórica, colocam-se ao homem possibilidades extremas, mas também perigos extremos. O futuro tornou-se tão esperançoso como inquietante. E é então que surge a pergunta incontornável: em que medida pode a fé tomar parte na construção do mundo no futuro? Que papel desempenhará a fé e a Igreja no futuro? Sob a impressão das convulsões sociais do nosso tempo, Joseph Ratzinger aborda o problema sob diferentes perspectivas neste livro destinado a despertar as consciências. A sua conclusão é um esboço sobre o futuro da Igreja; e as suas teses são mais atuais do que nunca.

  • "Joseph Ratzinger — Escatologia: Morte e Vida Eterna" (1977)

A "Escatologia" de Joseph Ratzinger é um texto de referência sobre as "últimas realidades" — Céu e Inferno, Purgatório e Juízo, morte e imortalidade da alma. Nela, Ratzinger apresenta uma perspectiva equilibrada da fé da Igreja na vida eterna, conjugando a ênfase moderna na teologia da esperança com elementos mais tradicionais da doutrina católica de dois mil anos. 

  • "O Deus de Jesus Cristo" (1979)

Baseado nas série de meditações de Joseph Ratzinger pouco antes de se tornar arcebispo de Munich-Freising, em 1977, Ratzinger apresenta suas profundas reflexões sobre a natureza e a pessoa de Deus, construindo uma ponto entre teologia e espiritualidade ao fazer amplo uso das Sagradas Escrituras para revelar a beleza e o mistério de quem é Deus. Ele escreve sobre cada uma das três pessoas da Santíssima Trindade, mostrando os diferentes atributos de cada pessoa, e que "Deus é três e Deus é um". 

  • "O Relato Ratzinger: Uma Entrevista Exclusiva sobre o Estado da Igreja" (1985)

O na época cardeal Joseph Ratzinger, renomado teólogo e Cardeal Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, dá uma entrevista exclusiva e aprofundada ao jornalista italiano Vittorio Messori, sobre o estado da igreja perto do fim do século XX. Ratzinger fala com franqueza e contundência sobre os desafios da Igreja na era pós-Vaticano II. 

  • "Introdução ao Espírito da Liturgia" (2000)

O título recorda a famosa obra de Romano Gurdini que, nos primeiros decênios do século passado, deu origem ao movimento litúrgico. Seguindo os passos do predecessor, o cardeal Ratzinger, posteriormente Bento XVI, pretende ajudar os fiéis, que se tornaram inseguros depois de décadas de experimentações pós-conciliares, a olhar para a fonte escondida da vida eclesial. Aqui se desenvolve a ação litúrgica que nos sacramentos, particularmente na Eucaristia, permite tomar parte na ação salvífica de Cristo. Esta tem dimensão universal, pela qual os fiéis podem dar voz à liturgia do cosmo, unir suas vozes aos justos do Antigo Testamento e elevar, junto com os redimidos, o canto de lovor ao Cordeiro. No estilo próprio do autor, a obra abre ao leitor grandes espaços de contemplação, mas não carece de motivos polêmicos, propostos com a habitual franqueza. 

  • "Fé, verdade, tolerância" (2003)

Poucos meses antes de se tornar Papa, o Cardeal Joseph Ratzinger colocou o livro "Fé, verdade, tolerância", o seu pensamento sobre tudo quanto se refere ao fenômeno religioso: a origem e a diversidade das religiões. As três religiões monoteístas e suas relações intrínsecas, a existência de uma religião verdadeira e a pretensão à universalidade da religião cristã. 

  • "Jesus de Nazaré" (2007)

Bento XVI começou a escrever este livro em 2003. Após sua eleição, em 2005, dedicou todo o tempo livre à obra. Trata-se do primeiro livro escrito por Joseph Ratzinger após se tornar Papa. O Pontífice, também teólogo, conduz o leitor à procura pela verdadeira vida de Jesus e trata de sua figura de maneira histórica e teológica. Reconstruindo sua vida a partir do Evangelho, Bento XVI desmonta muitas especulações sobre Jesus, que tiveram um imenso sucesso comercial nas livrarias e nos cinemas nos últimos anos. 

  • "A Infância de Jesus Cristo" (2012)

Nesta obra, Papa Bento XVI tem a intenção de provocar um debate e levantar a discussão teológica, procurando analisar uma série de textos do Evangelho e pretende convidar o leitor a refletir sobre questões como - 'Será que é verdade tudo o que foi dito?', 'Tem a ver comigo?', 'Se sim, de que maneira isso me diz respeito?'. 

  • "Bento XVI: O Último Testamento" (2016)

Bento XVI fez história ao ser o primeiro Papa em 600 anos a renunciar ao cargo. A Igreja Católica em todo o mundo ficou chocada. Desgastado pela corrupção na Igreja e por uma série interminável de escândalos sexuais clericais, ele decidiu que a resolução de todos esses problemas estava fora de seu poder para um homem de sua idade. O último testamento está mais próximo de uma autobiografia do homem tímido e privado que permaneceu 'escondido do mundo' em um antigo convento nos jardins do Vaticano. Ele quebra seu silêncio sobre questões como: o caso Vatileaks, em que seu mordomo vazou algumas de suas cartas pessoais que alegaram corrupção e escândalo no Vaticano, a presença de um 'lobby gay' no Vaticano e como ele o desmantelou, sua suposta educação nazista, suas tentativas de limpar a 'sujeira da igreja (clerical abuso sexual) entre outras. Em um nível mais pessoal, ele escreve com grande admiração sobre seu sucessor, o Papa Francisco, que ele admite terum toque popular, uma qualidade que lhe falta. Muita controvérsia ainda envolve o Papado de Bento XVI neste livro ele aborda essas controvérsias e revela como, em sua idade avançada, governar e reformar o Papado, e particularmente o Vaticano, estava além de suas capacidades. 

As obras citadas acima, são algumas das que foram escritas pelo próprio Papa Bento XVI ao longo de sua vida, mas há outras obras biográficas escritas por outros escritores. 

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