Irã lança mais de 200 drones e mísseis contra Israel

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Autoridades israelenses consideravam que ataque iraniano era iminente depois que o governo do Irã prometeu responder ao bombardeio israelense na embaixada do Irã na Síria, que matou comandantes da Guarda Revolucionária. 

13/04/2024 — 22h56

Domo de Ferro em Israel atuando no combate aos drones e mísseis disparados pelo Irã. (FOTO: REPRODUÇÃO / REUTERS)

O Irã anunciou na noite deste sábado (13) - horário de Brasília, e já madrugada no horário local, que o ataque militar que envolveu o lançamento de mais de 200 drones e mísseis contra o território de Israel,  no Oriente Médio, chegou ao fim. 

O ataque, segundo autoridades iranianas, seria uma resposta ao bombardeio israelense contra a embaixada do Irã na Síria, e que matou comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana. Já as autoridades israelenses afirmaram que o ataque iraniano já era esperado desde então, e estava iminente neste sábado (13). 

Os drones foram lançados ainda neste sábado (13), mas demoraram horas para alcançarem o território israelense. Pouco antes das 20h (02h da madrugada de domingo no horário de Israel) foram ouvidas diversas explosões na cidade de Jerusalém. Além disso, as sirenes de aviso soaram em quase todo o país. 

Um pouco antes, o Irã já havia anunciado a conclusão dos ataques contra Israel e que atacaria novamente caso Israel respondesse. 

O Exército de Israel sinalizou, cerca de uma hora depois, que a ameaça havia findado, e informou que não era mais necessário que os moradores procurassem abrigos. 

Reunião na ONU

Israel pediu às Organizações das Nações Unidas (ONU) uma reunião do Conselho de Segurança, e o encontro, deve ocorrer neste domingo (14). 

Tanto o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, quanto a Guarda Revolucionária iraniana confirmaram que o ataque partiu do território do Irã. 

Alguns dos 200 drones lançados pelo Irã foram derrubados, seja pelo domo de ferro — sistema de defesa de Israel — assim como também forças dos Estados Unidos, Reino Unido e da Jordânia acabaram abatendo alguns deles antes de chegar no território israelense. 

Motivo para o ataque

Autoridades iranianas afirmaram que trata-se de uma retaliação depois de um bombardeio israelense realizado no dia 1º de abril contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, em que um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã foi morto, além de outras seis pessoas. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, disse que "os avisos necessários foram dados aos EUA" sobre o ataque de retaliação. Após o Irã colocar os drones no ar, a Casa Branca afirmou que o ataque vai se desenrolar durante horas. 

Representantes do Irã na ONU afirmaram que a retaliação ao bombardeio na Síria era uma questão concluída — a não ser que Israel "cometa outro erro". Eles também afirmaram que essa é um conflito entre eles e Israel, e que os EUA devem manter distância da disputa.

A Guarda Revolucionária do Irã publicou dois comunicados. No primeiro, diz que qualquer ameaça dos EUA e de Israel "será respondida de forma recíproca". No segundo, afirma que, se o "governo terrorista dos EUA" apoiar ou participar de um ataque contra o Irã, "vai ter uma resposta contundente das Forças Armadas do Irã". 

Além disso, o Irã informou que atacará qualquer país que abra seu espaço aéreo para forças israelenses possam retribuir o ataque. 

Ataques contra Israel por outros países

O grupo terrorista Hezbollah, que atua no Líbano e é aliado ao Irã, afirmou que disparou foguetes contra bases israelenses. 

Já os rebeldes houthis do Iêmen que, assim como o Hezbollah, são aliados do Irã, também dispararam foguetes contra os israelenses, informou o jornal "Times of Israel". 

*Com informações do g1, CNN Brasil e Reuters. 

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