Ex-jogador de futebol americano e ator, ficou mundialmente conhecido ao ser réu naquele que ficou conhecido como "o julgamento do século" pelos homicídios de Nicole Brown, sua ex-esposa, e do amigo dela, Ron Goldman, em 1994. O julgamento terminou com ele absolvido.
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| FOTO: JASON BEAN-POOL / GETTY IMAGES |
Morreu nesta quinta-feira (11) aos 76 anos, o ex-jogador de futebol americano e ator OJ Simpson, em decorrência de um câncer, informou a família do jogador.
Um dos grandes nomes do futebol americano, ficou notadamente conhecido mundialmente por ter sido réu naquele que ficou conhecido como o "julgamento do século" quando ele foi julgado pelo assassinato de sua ex-esposa, Nicole Brown, e do amigo dela, Ronald Goldman, em 1994. Ele acabou sendo absolvido, mesmo gerando grandes controvérsias, e nunca ter sido apresentado nenhum outro suspeito para o cometimento dos crimes.
Trajetória
A vida pública de Orenthal James Simpson começou como "running back" no futebol americano universitário. Ele ganhou o Troféu Heisman de melhor jogador do país e, depois, construiu uma carreira na NFL, a principal liga do esporte.
Após o fim da carreira como atleta, ele se tornou ator e emplacou diversos sucessos de bilheteria com filmes, especialmente da trilogia "Corra que a Polícia Vem Aí", estrelada por Leslie Nielsen (1926-2010). Ele também estrelou diversos comerciais de TV.
Acusado de duplo homicídio
Em 1994, sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e um amigo dela, Ron Goldman, foram encontrados mortos a facadas na casa dela, em Los Angeles. OJ Simpson era o principal suspeito, e foi preso após uma tentativa de fuga cinematográfica que chegou a interromper a programação televisa nos Estados Unidos — no momento do jogo de abertura da Copa do Mundo de futebol, que ocorria no país.
OJ foi julgado por duplo homicídio. Seu júri atraiu um enorme interesse público e foi acompanhado de perto pela imprensa da época.
Uma reviravolta no caso: um par de luvas encontradas na cena do crime que foram apresentadas como aquelas que o assassino usou não couberam em suas mãos.
O veredito foi recebido com descrença por muitos americanos, e a opinião sobre a culpa do atleta foi fortemente dividida em termos raciais.
A polícia nunca chegou a apontar outro suspeito dos assassinatos, e o crime nunca foi resolvido oficialmente.
Três anos mais tarde, em 1997, OJ foi processado na esfera cível pelo caso, e acabou sendo condenado a US$ 33,5 milhões em danos à família de Ron Goldman.
Preso por assalto à mão armada
No caso do duplo homicídio, OJ acabou sendo absolvido, mas ele voltaria aos bancos dos réus, desta vez, em 2007, por assalto à mão armada em um hotel para roubar itens esportivos.
Ele acabou sendo condenado e passou nove anos em regime fechado. Ele saiu da prisão em liberdade condicional no ano de 2017, e em 2021, terminou de cumprir a pena.
